O desempenho da construção em 2021 superou as previsões feitas no início do ano, quando se esperava um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do setor da ordem de 5%.
Somente nos primeiros nove meses do ano, o PIB da construção já acumulava uma elevação acima deste patamar, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E possivelmente fechará o ano de 2021 ainda mais acima.
O aumento da atividade do setor no ano se traduziu na criação de 284 mil empregos com carteira assinada até outubro. Já o rendimento médio dos ocupados na indústria da construção naquele mês, comparado a outubro de 2020, havia caído 7,3%, segundo o IBGE.
O resultado de 2021 seria até mais robusto se não fossem as dificuldades enfrentadas pela indústria da construção, como a elevação dos custos dos insumos do setor e sua escassez no primeiro semestre.
O custo médio das construtoras com a aquisição de materiais e equipamentos, no final de novembro, acumulava variações expressivas de 26,36% em 12 meses e de 23,78% no ano. É o que aponta a pesquisa mensal do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) da Fundação Getulio Vargas. Sem terem como repassar esses reajustes, as construtoras que haviam fechado contratos no Programa Casa Verde e Amarela foram as mais afetadas.
A isto se soma a escassez de mão de obra qualificada, que também pressiona os custos da mão de obra própria das construtoras e de seus prestadores de serviços, como os instaladores de sistemas prediais.
Em perspectiva, o desempenho da construção neste ano se equipara ao nível que tinha em 2019, antes da pandemia, e que por sua vez reprisa o atingido em 2008, ano em que a atividade estava em na forte expansão que atingiu seu auge em 2013. Ou seja, a construção ainda tem muito espaço para voltar a crescer.
FONTE: SINDUSCON-SP