Aumento no custo com materiais de construção continua

Conforme divulgado nesta terça-feira (07/12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,67% em novembro. No ano, o indicador acumula alta de 13,46%, o que corresponde a maior elevação do indicador para o período, desde 2003 (14,24%).

Nos últimos 12 meses a alta foi de 14,25%. De julho do ano passado até novembro deste ano, o referido custo da construção já aumentou 21,34%.

O custo com materiais e equipamentos, apesar da menor variação em relação a outubro, continuou apresentando alta: 1,03%.

Neste mês, as maiores influências positivas foram registradas pelos seguintes insumos: Argamassa (+2,24%), massa de concreto (+1,70%) e metais para instalações hidráulicas (+1,82%).

No acumulado de janeiro a novembro de 2021, o custo com materiais e equipamentos aumentou 23,26%, o que correspondeu a sua maior elevação para o período desde 1996, início da divulgação da série desagregada pela FGV.

Os insumos que exerceram a maior influência positiva no acumulado do ano foram: vergalhões e arames de aço ao carbono (+48,75%), elevador (+25,81%), tubos e conexões de ferro e aço (+41,60%), tubos e conexões de PVC (+26,05%), argamassa (+23,82%), massa de concreto (+18,77%) e metais para instalações hidráulicas (+20,57%).

“É importante destacar que, de julho/2020 até novembro/2021 o custo com materiais e equipamentos já cresceu 42,25%”, menciona a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

“A Construção Civil tem realizado esforços para continuar o seu processo produtivo, gerando renda e emprego para o País.  O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) relativo ao 3º trimestre de 2021, que demonstrou crescimento de 3,9% do setor em relação ao 2º trimestre, evidencia isso.  Entretanto, ele continua sendo impedido de avançar ainda mais em suas atividades com o incremento expressivo em seus custos. Além disso, aumentos na proporção que estão acontecendo contribuem para elevar as incertezas, o que pode desestimular novos lançamentos com reflexo direto no desenvolvimento do País”, reforça.