A edição 2021 da Pesquisa de Maturidade em Gerenciamento de Projetos já está em andamento e, como ocorre desde 2010, mais uma vez conta com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
De fundamental importância para a Indústria da Construção, a pesquisa mostra um retrato da eficiência da gestão de obras, sejam elas industriais, de serviços e prediais, assim como trabalhos de apoio, como o de projetistas e gerenciadoras.
Esse retrato apresenta informações relevantes sobre a execução de obras, como as do índice de sucesso, atraso médio, estouro de custos, execução do escopo, etc.
Historicamente, o setor de obras industriais tem tido maior peso na participação da pesquisa. A justificativa, segundo o responsável pela sondagem, professor Darci Prado, pode ser a forte concentração de empresas de maior porte, que dispõem de um setor específico destinado ao planejamento e controle das obras, o que nem sempre ocorre nas pequenas ou médias empresas.
Ao avaliar os fatores fundamentais para que as empresas consigam uma maior maturidade no gerenciamento dos seus projetos, o professor Darci Prado destaca que, tendo em vista que a maturidade está ligada à eficiência com que as empresas tocam seus projetos ou suas obras, certamente o primeiro fator é existir uma consciência de quão bem os projetos têm sido executados e, então, aceitar que alguma coisa pode ser melhorada em termos de gestão.
“O trabalho de crescimento não é simples e necessita de forte apoio da alta administração além de uma adequada liderança para a implementação das novas maneiras de se efetuar a gestão. É uma mudança de cultura”, diz o professor.
A última versão da pesquisa é de 2017, quando a maturidade média do Brasil era de 2,6 (em uma escala de 1 a 5). Para o docente, não deve haver uma grande mudança nos valores de 2021, quando comparados a 2017.
“Observando o cenário atual vemos que alguns fatores devem puxar a maturidade para baixo e outros devem puxar para cima. Neste último caso, temos aquelas empresas que não foram afetadas pela pandemia e continuam tocando suas carteiras de projetos”, ressalta Darci Prado, completando que, nesse caso a maturidade deve evoluir um pouco pelo simples fato de que ela evolui com o tempo – as pessoas envolvidas ficam mais experientes com o passar do tempo –, desde que não haja mudanças no cenário.
Para Prado, a pandemia da Covid-19 trouxe um cenário de incertezas na economia e, em situações como esta, uma das atitudes dos empresários é diminuir investimentos. Como em uma cascata, ele salienta que há uma diminuição de projetos ou de obras e diminuição das equipes envolvidas com projetos. Com isso, se perde profissionais experientes em gestão de projetos.
“Visto que o modelo de maturidade tem forte ligação com a competência dos profissionais envolvidos, existe aqui uma perda. Quando as equipes são refeitas, geralmente isso ocorre com a inclusão de novos profissionais, menos experientes que os anteriores. O efeito de tudo isso é uma diminuição na maturidade”, salienta.
Participe da pesquisa acessando o link www.maturityresearch.com. Os resultados serão oportunamente apresentados aos associados da CBIC.