“É a construção civil que vai fomentar a economia nos próximos anos”.
A afirmação é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, em entrevista ao jornal Valor Econômico, refletindo nosso pensamento e o resultado do trabalho de todo um segmento.
Em Ribeirão Preto, segundo dados oficiais da própria administração, somos o setor que mais arrecada impostos e tributos, ofertando mais de 12.000 empregos formais diretos e milhares de outros indiretos.
Desde o início da pandemia, quando a construção consolidou sua importância como essencial para o desenvolvimento econômico, foram dois anos de forte crescimento.
Em 2022 vivemos um primeiro semestre difícil, com uma retração que foi reflexo da alta de custos dos insumos, cujo repasse para o preço dos imóveis e a diminuição do poder aquisitivo das pessoas em virtude da crise econômica, influenciaram negativamente no setor.
Além da queda nas vendas, os lançamentos foram também impactados.
Considerando o primeiro semestre do ano, houve redução de 25,6% nos lançamentos de unidades populares em comparação com o mesmo período de 2021.
Essa retração, necessária, foi sentida também em Ribeirão Preto, onde a oferta de novas unidades ainda está longe do período anterior à pandemia.
No entanto, mais uma vez comprovamos a resiliência do setor, capaz de absorver adversidades e transformá-las em desenvolvimento. Enfrentamos todas as dificuldades no primeiro semestre, como a alta nas commodities e a crise econômica, percebemos, nas palavras do presidente da CBIC, que os imóveis viáveis não cabiam mais no bolso das família e encontramos saída.
A recuperação chegou. Em agosto e setembro, o volume de contratação de financiamentos do programa federal de habitação cresceu 40% em comparação ao ano passado.
A expectativa da CBIC, corroborada pela Assilcon, é que a construção fechará o ano com cerca de 10% de crescimento nas contratações e de 3,5% no seu Produto Interno Bruto (PIB).
Martins afirmou ao jornal que, para manter esse ritmo, será preciso adotar medidas macro, como garantir o fluxo de recursos para financiamento e decisão política para se construir mais casas no país.
Também é necessário que a administração pública veja a construção como a verdadeira locomotiva do crescimento da economia brasileira. Citando como exemplo, nos Estados Unidos o setor tem uma participação no PIB três vezes maior do que a brasileiro.
Ao novo governo é primordial entender que é a construção civil que vai gerar emprego e fomentar a economia nos próximos anos.
É o que esperamos e para que o vamos continuar trabalhando.