Em meio a um momento de incertezas em relação ao futuro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, como era amplamente aguardado pelo mercado, manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano.
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, influenciando as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Segundo o Copom, a justificativa para a manutenção da alta taxa de juros é a permanência de fatores de risco para a inflação, tais como as contínuas pressões inflacionárias globais e a incerteza fiscal.
Com isso, o Brasil lidera o ranking mundial de maiores taxas de juros reais (8,16%), quando se desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses.
Considerando os juros nominais, a Argentina é a líder mundial com taxa de 75% ao ano. O Brasil, com 13,75% ao ano, ocupa a segunda colocação.
Os juros elevados contribuem para reduzir o ritmo de atividade econômica no país, o que pode gerar desemprego e queda de arrecadação, apenas para citar duas consequências. Prova disso é o resultado mais moderado do PIB no 3º trimestre.
Com uma taxa Selic alta, o que garante boa remuneração e atratividade para investimentos de renda fixa, muitos preferem destinar o dinheiro aplicado ao invés de colocar no mercado de imóveis.
Essa fuga de capitais, porém, pode desestabilizar nosso setor, considerado essencial para a economia brasileira pelos empregos e renda gerados.
É preciso que uma ação enérgica do governo para que haja queda na curva de juros no próximo ano, o que tende a valorizar o segmento.
Imóvel sempre foi e sempre será uma das melhores – se não a melhor – opção de investimento por uma série de motivos. O investidor atento, que avalia pontos como liquidez, localização, qualidade e outras questões, jamais perderá com o mercado imobiliário, que continua oferecendo excelentes oportunidades.
Até mesmo porque, nesse contexto de taxa de juros em alta, existem opções não atreladas à Taxa Selic ou ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como a Taxa Referencial (TR), que é menos volátil e historicamente se apresenta baixa e sem aumentos impactantes.