Ribeirão Preto não investe como deveria em infraestrutura.
A cidade apresenta, como já alertamos, gargalos pela inexistência de um planejamento inte-grado que leve em consideração a vocação e as demandas locais.
É preciso mapear e projetar as necessidades futuras para daqui a, pelo menos, três décadas. Sem isso, continuaremos crescendo sem desenvolvimento, de forma desenfreada a “inchar” a cidade e criando graves consequências para a população e os administra-dores do futuro.
Todo investimento em infra-estrutura reverte em benefícios para a comunidade, tanto para o desenvolvimento social como até mesmo econômico.
Estudo recente do Instituto Trata Brasil calculou os benefícios dos investimentos especificamente em saneamento básico, matéria na qual Ribeirão Preto figura distante das principais cidades em indicadores positivos – para efeito de comparação, a vizinha Franca tem o terceiro melhor índice do País.
Considerando doenças provocadas pela falta de saneamento básico, que afetam a produtividade das pessoas fazendo crianças faltarem às aulas e adultos ao trabalho, o Brasil perde anualmente quase R$ 22 bilhões.
Ainda segundo o estudo do Instituto Trata Brasil, os imóveis de áreas sem saneamento se des-valorizam. A construção de infra-estrutura para levar o básico a essas comunidades movimentaria a economia – não apenas o setor da construção civil – gerando empregos e arrecadando mais impostos.
No total, se o Brasil fizesse o saneamento chegar a toda população, a economia ganharia mais de R$ 800 bilhões até 2040.
Embora o estudo não considere especificamente Ribeirão Preto, é notório que a cidade pode – e deve – melhorar neste sentido. Quando a administração investe em infraestrutura, todos ganham!