A partir deles teremos acesso a informações como: o número total de domicílios, quais estão desocupados, densidade populacional, faixa etária, grau de escolaridade, faixa de renda entre outros.
Analisando esses dados e comparando com os censos anteriores é possível notar quais os locais onde a densidade populacional diminuiu ou aumentou, onde a população tem maior escolaridade, maior poder econômico…
Com isso é possível criar ou modificar ações e políticas públicas para as diferentes regiões do município.
Por exemplo: comparando os dados do Censo 2000 com aqueles de 1991 e a contagem rápida da população de 1996, notou-se que a região conhecida como Campos Elíseos teve redução significativa na densidade populacional, enquanto regiões periféricas tiveram aumento. E a administração municipal investiu na construção, reforma e melhoria dos equipamentos dessa região por um bom período após o ano 2000.
Isso quer dizer que, enquanto o município investia nessa área houve crescimento de demanda de serviços públicos, como saúde e educação, em outras regiões.
Quando foi identificada a situação, poderia ser estudada uma intervenção na região para fomentar a construção de mais unidades residenciais, aumentando a densidade populacional em locais previamente analisados, permitindo que os equipamentos públicos locais não ficassem ociosos após receberem investimentos.
Por outro lado, não haveria aumento na demanda por serviços públicos nas áreas periféricas caso essas pessoas optassem em morar nas regiões de urbanização consolidada, algo que onera os cofres públicos em se tratando da população de menor renda.
Os sistemas de infraestrutura viária, energia elétrica, abastecimento de água e de rede de esgoto também estão relacionados diretamente com a densidade populacional.
E aí entra uma questão importantíssima, constante preocupação para o setor da construção civil: o investimento em infraestrutura. Como alertamos desde a segunda edição deste Cidades & Construções: “não basta crescer, é necessário infraestrutura”.
Mas, infraestrutura real – e não utópica, ilusória e surreal, como já vimos. Sem isso não há desenvolvimento, físico e social. Estudando os dados e comparando com censos anteriores é possível melhorar a qualidade do planejamento municipal sob tais aspectos.
A construção trabalha para o desenvolvimento. Por isso sempre estamos prontos para participar ativamente e colaborar com a cidade!