A Construção Civil registrou aumento de 150% na geração de novas vagas, com carteira assinada, em 2021. Mesmo vivenciando um cenário desafiador com o incremento de custos, pela elevação nos preços dos insumos, o dado é o melhor desde 2010.
Apesar do mercado de trabalho nacional seguir fragilizado, com mais de 12 milhões de desempregados, o setor mostra a sua força na criação de novas vagas. Calcula-se que, a cada R$ 1 milhão de novos investimentos, o setor é capaz de gerar 18,31 postos de trabalho (diretos, indiretos e induzidos).
Os estados que registraram o maior número de geração de novas vagas na Construção, em 2021 foram: São Paulo (63.925), Minas Gerais (31.804) e Bahia (15.570). O segmento de Construção de Edifícios foi responsável por 42,16% de novas oportunidades no setor pelo País. Roraima foi o único estado em que as demissões superaram as contratações na Construção. Em 2021, o estado demitiu 636 trabalhadores a mais do que contratou. Em relação ao salário médio: em dezembro, o salário médio de admissão na Construção Civil, conforme dados do Novo Caged, foi de R$1.891,39.
Ainda segundo as informações do Novo Caged, o perfil das novas contratações engloba vagas em diversos níveis de escolaridade. Do total de 244.755 novos postos de trabalho criados pelo setor em 2021 observa-se que 67,46% (165.102 vagas) eram de trabalhadores com ensino médio completo, 9,34% possuíam o ensino fundamental completo, 9,32% possuíam o ensino fundamental incompleto e 9,07% o ensino médio incompleto.
A Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC) estima expansão de 2% nas atividades do setor em relação ao ano passado, segundo a economista da entidade, Ieda Vasconcelos “A Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da CBIC, indica que os empresários do setor estão otimistas e aguardam crescimento do seu nível de atividades, da compra de insumos e também maior contratação de mão de obra. A inflação persistente, os juros em patamares elevados, as incertezas próprias de períodos eleitorais e o menor crescimento da economia mundial são alguns dos desafios a serem enfrentados em 2022”, destacou a economista.
A matéria integra o projeto ‘Banco de Dados da Construção (BDC) da CBIC com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
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