Conforme já era aguardado pelo mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Selic em um ponto percentual. A taxa passou de 5,25% para 6,25% ao ano. Foi a 5ª elevação consecutiva em 2021 promovida pelo referido órgão do Banco Central e a segunda alta sucessiva de um ponto percentual.
Com isso, a taxa básica de juros da economia nacional atingiu o maior patamar desde 22/03/2018, quando passou a ser 6,5% ao ano e permaneceu assim até 31/07/2019. Desde o início do ciclo contracionista da política monetária, em março/21, a Selic já aumentou 4,25 pontos percentuais.
Segundo a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, ao aumentar a taxa de juros o Banco Central pode estar considerando levar a inflação de 2022 para a meta e, com isso, proporcionar mais confiança dos investidores.
“É importante ressaltar, entretanto, que o aumento dos juros provoca um efeito contracionista nas atividades produtivas. As expectativas para o próximo ano, ao mesmo tempo que sinalizam mais inflação e mais juros, também indicam menor crescimento da economia”, ressalta Vasconcelos.
Para a economista, vale considerar que no segundo trimestre de 2021, em relação aos três primeiros meses do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) perdeu fôlego. Mesmo com o avanço do processo de vacinação e o retorno das atividades, com a pandemia sinalizando arrefecimento, a economia apresentou queda de 0,1%. O setor de Serviços cresceu, mas a Indústria e a Agropecuária registraram queda”
Veja a íntegra da análise no Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC.
A ação integra o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, realizado pela CBIC em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).