Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

Notícias

project img
28 de Outubro de 2021 às 10:10

Copom aumenta Selic de forma mais agressiva e taxa vai a 7,75% a.a.


O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 1,50 ponto percentual nesta quarta-feira (27/10), confirmando parte das expectativas do mercado. A taxa passou para 7,75% a.a. Desde março o colegiado vem realizando sucessivas elevações na Selic, que iniciou o ano em 2,0%, mas já contabiliza uma alta de 5,75 pontos percentuais até outubro.

Desde dezembro/2002, o Copom não aumentava a Selic acima de 1,0 ponto percentual. Nas duas últimas reuniões (agosto e setembro), o Comitê aumentou os juros em 1,0 ponto percentual e a expectativa inicial era de que esse ritmo fosse mantido até o final de 2021.

“Entretanto, depois de uma semana conturbada no mercado financeiro, em função de incertezas em relação à questão fiscal do País e da divulgação da prévia para a inflação de outubro, o Copom acelerou o ritmo de alta e levou a Selic ao seu maior patamar dos últimos quatro anos”, frisa a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Além disso, segundo a economista, nos últimos dias ganhou força a preocupação com o futuro do teto de gastos, o que é considerado a âncora fiscal do País. O risco fiscal envolve as incertezas em relação às contas públicas e as suas consequências no cenário macroeconômico do País, como a desvalorização cambial, a inflação ainda mais elevada e, consequentemente, a necessidade de aumentar ainda mais a taxa de juros.

IPCA teve alta de 1,16% em setembro

Em relação ao aumento dos preços na economia, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou, em setembro/2021, alta de 1,16%, o maior patamar para o mês na era pós-real, a partir de 1994. O IPCA é o indicador oficial da inflação no País, calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos primeiros nove meses do ano, o índice acumulou alta de 6,90% e 10,25% nos últimos 12 meses encerrados em setembro. “Assim, afastou ainda mais do centro da meta da inflação para este ano, que é de 3,75%”, ressalta Vasconcelos.

Segundo a economista da CBIC, um dos itens com maior impacto no aumento do IPCA/IBGE em setembro foi a energia elétrica. Nesse mês passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica”, que aumenta R$ 14,20 na conta de energia elétrica a cada 100 kWh consumidos.

Veja análise completa no Informativo do Banco de Dados da CBIC.

A ação integra o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, realizado pela CBIC em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).