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11 de Abril de 2022 às 10:04

INCC acumula alta de 1,97% no primeiro trimestre do ano


O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta aumento de 0,86% em março de 2022. De acordo com análise da economista da Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, essa foi a maior variação observada entre o período de janeiro e março e teve como principal influência o crescimento de 1,21% da mão de obra. Com isso, a elevação do INCC, no primeiro trimestre de 2022, foi de 1,97%. 

Outros aumentos registrados foram o de 0,70% no custo dos serviços e 0,50% com materiais e equipamentos. Segundo a economista, alguns materiais contribuíram para isso. “A massa corrida para madeira, com alta de +2,56%, o impermeabilizante (+2,22%), a tinta a óleo (+2,16%), a pedra britada (+2,09%), os tubos e conexões de PVC (+2,03%) e a massa de concreto (+1,98%) foram alguns dos itens que contribuíram para esse resultado”, apontou Ieda Vasconcelos. 

As capitais que registraram maiores elevações foram a mineira (+4,76%) e a capital baiana (+1,20%). “Essas altas aconteceram em função dos reajustes da mão de obra. Em Belo Horizonte a alta foi de 8,66% e, em Salvador, 2,08%. Nos três primeiros meses do ano, a mão de obra em Salvador aumentou 8,06%.”, explicou.

A especialista ainda destaca que, nos últimos dois anos, o custo com materiais e equipamentos foi o principal responsável pelo forte incremento no custo da construção. “De janeiro/20 até março/22 este custo cresceu 51,21% e o custo com a mão de obra se elevou 11,50%. Já os Serviços apresentaram incremento de 17,12%. Com esses resultados o INCC Total aumentou 26,31%”, completou. 

Em relação ao incremento dos custos, a forte alta da inflação  pode vir a impactar o custo com a mão de obra, o que também preocupa. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março/2022, o indicador oficial das metas para inflação no Brasil – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou 1,62%, isso corresponde a maior variação para um terceiro mês do ano da era pós-Real. Essa alta, segundo Ieda Vasconcelos, foi 0,61 ponto percentual superior à registrada no mês de fevereiro/22 (1,01%), especialmente influenciada pela elevação de 6,70% nos preços dos combustíveis. “Cabe destacar que foi em março que a Petrobras reajustou os preços dos combustíveis para as distribuidoras”, apontou. 

Em relação ao aumento no grupo de transportes, a economista também comentou sobre a alta nos preços do transporte por aplicativo, seguro voluntário de veículo, conserto de automóveis e a variação no preço dos transportes públicos. “Nos últimos 12 meses o IPCA/IBGE aumentou 11,30%. Vale destacar que o IPCA envolve as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que também é calculado e divulgado pelo IBGE, mas que abrange as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, aumentou 11,73% no período de abril/21 a março/22”, disse Ieda Vasconcelos. 

Para 2022, a expectativa é que a elevação de preços dos insumos não ocorram na mesma proporção dos últimos dois anos, mas a preocupação com o incremento nos custos continua. 

Para saber mais detalhes sobre o tema, clique aqui e leia o Informativo Econômico elaborado pela economista da entidade, Ieda Vasconcelos.