O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), para o mês de agosto deste ano resultou em uma alta de 0,46%. “Foi a menor variação registrada desde junho de 2020”, disse a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Vasconcelos afirmou que o custo com a mão de obra ficou estável e o custo com materiais e equipamentos também apresentou a menor variação desde junho de 2020. “Assim, depois de aumentar 2,81% em maio, 1,84% em junho de 2021 e 1,28% em julho de 2021, em agosto o custo com materiais e equipamentos cresceu 1,01%”, explicou.
Em agosto, os preços dos vergalhões e arames de aço ao carbono, pelo segundo mês consecutivo, não aumentaram. Em julho ficaram estáveis (queda de 0,07%) e, em agosto, apresentaram retração de 0,69% em seu preço. Fato que, segundo a economista, exerceu influência negativa na variação do INCC.
O cimento Portland comum foi outro insumo que apresentou queda de preço em agosto: -0,11%. Neste mês, os insumos que contribuíram para o aumento de custos do INCC materiais e equipamentos foram: elevador (+2,12%), argamassa (+3,70%), tijolo/telha cerâmica (+1,29%) e metais para instalações hidráulicas (+1,25%).
De janeiro a agosto/21 o INCC aumentou 11,17% e, nos últimos 12 meses, 16,68%. “Assim, apesar das menores variações no oitavo mês do ano, o setor segue sentindo reflexos dos aumentos exagerados nos seus custos. Também é preciso ressaltar que aumento de 1%, do INCC materiais e equipamentos, apesar de menor do que o observado em meses anteriores, ainda é muito elevado”, completou.
Sobre o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também apresentou desaceleração em agosto deste ano em relação aos meses anteriores. A alta neste mês foi de 0,99%, ou seja, 0,90 ponto percentual inferior à observada em julho (1,89%). Foi a menor variação desde agosto de 2020. “Assim como no INCC/FGV, o resultado foi influenciado pela desaceleração do custo com materiais”, afirmou.
O custo com materiais, de acordo com o Sinapi, aumentou 1,62% em agosto deste ano, o que correspondeu a uma queda de 1,26 p.p em relação a julho/21 (2,88%). Já o custo com a mão de obra, dentro do Sinapi, aumentou 0,08% em agosto/21 (queda de 0,44 p.p. em relação ao mês anterior, quando variou 0,52%).
O Sinapi/IBGE aumentou 22,74% nos últimos 12 meses encerrados em agosto de 2021. No acumulado dos primeiros oito meses do ano a alta foi de 14,61%. Já a variação acumulada em 12 meses do custo com materiais foi de 37,69% e do custo com a mão de obra 6,03%.
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O informativo integra o “Projeto Banco de Dados da CBIC” da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).