Matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta quarta-feira (09/11) revela que um quinto das construtoras que atuam no Casa Verde e Amarela (CVA) suspendeu os lançamentos de novos projetos ou saiu do programa por não conseguir viabilizar novos projetos devido à pressão inflacionária.
Segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) realizado a pedido do Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o número de empresas recuou neste ano, passando de 791 empresas ligadas às contratações em 2021 para 635 em 2022.
Ouvido para a matéria, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, ressaltou que a saída das empresas está relacionada à perda de rentabilidade e ao fato de terem produtos que não se enquadram mais no programa. “Foi um movimento natural. A construtora só vai fazer um produto que conseguir vender e obter retorno. O mais prejudicado é quem fica sem esse imóvel”, frisou.
Como tendência, Martins prevê que os preços rumem para uma estabilização nos próximos meses, ao considerar que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) já parou de subir de modo significativo. Em agosto e setembro, a oscilação foi de 0,3% e 0,1%, respectivamente.
“O Brasil está criando empregos e a tendência é de que os salários aumentem (via acordos coletivos), dando mais poder de compra à população. As empresas podem até subir os preços, mas não muito, porque vai escapar da renda da população e dos tetos dos programas. Acho que vamos chegar a um equilíbrio”, disse.
(Com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”)