Em sintonia com o momento do mercado de trabalho, a Indústria da Construção criou 159.203 novos postos de trabalho com carteira assinada nos primeiros cinco meses de 2024, segundo dados do Ministério do Trabalho. Foi o melhor resultado nos últimos 12 anos para o período de 1º de janeiro a 31 de maio. O resultado foi positivo em cada um dos segmentos da construção:
Apesar de responder por 6,24% do total de trabalhadores com carteira assinada no Brasil, a Indústria da Construção foi responsável por 14,62% do total dos novos empregos formais gerados nos primeiros cinco meses do ano.
Além disso, o salário médio de admissão de novos trabalhadores da Construção foi R$ 2.290,41 em maio de 2024, foi superior à remuneração média geral de todas as atividades – R$ 2.132,64 – e um dos três mais elevados na comparação com os demais setores da economia.
Do total de 159.203 novos empregos criados pela Construção Civil no período de janeiro a maio de 2024, 45,09% são de jovens com 18 a 29 anos.
“Ao contabilizarmos os trabalhadores de 18 a 24, esse quantitativo é quase a metade do total de novas vagas geradas na construção civil, ou seja, até mesmo os mais jovens estão acreditando no setor da construção para iniciar aí o seu lado profissional, a sua carreira profissional e isso é muito importante”, acrescentou Ieda Vasconcelos.
Esse crescimento do número de vagas está bem espalhado Brasil afora. Apenas dois estados (Rondônia e Piauí) apresentaram resultados negativos no mercado de trabalho do setor no período. Os cinco maiores geradores de novos empregos na Construção Civil nesse intervalo foram os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Goiás.
Depois de 10 anos, a Construção Civil se aproxima da marca de 3 milhões de trabalhadores formais empregados. Em maio de 2024, o setor chegou a 2,907 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Esse número representa uma alta de 6,12% em relação ao mesmo mês do ano 2023 (2,739 milhões).
“A construção é um setor que que emprega rápido, emprega com salário inicial muito interessante e mantém esse emprego por muito tempo, porque as obras são de médio e longo prazo, e tem uma perspectiva de longevidade, tanto em habitação quanto em infraestrutura. Quem opta por essa carreira pode ir muito longe, pode trabalhar durante muitos anos, se especializar, fazer realmente um projeto de vida trabalhando aí na construção”, destacou Renato Correia.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) devem ser atualizados nos próximos dias pelo Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) e a CBIC poderá concluir a análise do 1º semestre. Há uma forte expectativa de que o setor ultrapasse os 3 milhões de empregados formais este ano, alcançando os patamares de 2013 e 2014. “Nós estamos no patamar de quase 3 milhões de trabalhadores. A última vez que tivemos esse número foi em setembro de 2014 e se nós continuarmos com esse desempenho positivo durante este ano, nós podemos aí chegar a atingir essa faixa novamente”, acrescentou Ieda.