Após registrar em 2021 o melhor desempenho desde 2010, com crescimento de 9,7%, a Construção Civil também iniciou 2022 com resultado positivo em suas atividades. O setor cresceu 0,8% no 1º trimestre de 2022, em relação aos últimos três meses de 2021. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 02/06.
Desde o 3º trimestre de 2020 o setor vem apresentando números positivos, indicando que, mesmo diante do aumento excessivo no custo dos seus insumos, conseguiu avançar e demonstrar força na geração de emprego e renda.
Na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, apesar de positivos, os resultados do PIB demonstram o desempenho passado – vendas de ontem. “Revelam uma fotografia do ‘retrovisor’”, frisou.
“É necessário analisar as perspectivas para o futuro. Nesse contexto, é preciso cautela”, complementou a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Segundo dados do Novo Caged, do Ministério do Trabalho, desde junho/2020 a Construção vem registrando resultados positivos na geração de novas vagas com carteira assinada, com exceção dos meses de dezembro, que são considerados sazonais.
Nos três primeiros meses de 2022 a construção civil já contabilizou um saldo positivo superior a 100 mil novos postos de trabalho formais, confirmando a sua força propulsora de geração de emprego.
Os segmentos com o maior número de novas vagas geradas pelo setor no período de junho/2020 a março/2022 foram os de Construção de Edifícios (193.440), Serviços Especializados para a Construção (181.383) e Obras de Infraestrutura (108.228).
Além disso, os números evidenciam um reflexo positivo de um cenário de vendas e lançamentos imobiliários mais aquecidos, especialmente após o início da pandemia.
Para a economista Ieda Vasconcelos, a redução da alíquota de importação do aço e o aumento dos subsídios do Programa Casa Verde e Amarela são alguns dos fatores que mantêm a expectativa de resultados positivos para a construção.
“Entretanto, a preocupação com o persistente aumento nos custos, a queda na renda real das famílias e o aumento dos juros contribuem para manter a cautela com os próximos meses”, diz.
Veja íntegra de análise sobre o assunto no Informativo Econômico da CBIC.
FONTE: CBIC