De acordo com os dados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), a construção registrou queda de 0,5% em seu Produto Interno Bruto (PIB) nos três primeiros meses de 2024, na comparação com o último trimestre de 2023, quando apresentou o seu maior patamar de atividades desde o 3º trimestre de 2022. Portanto, o ligeiro recuo do setor ocorreu em cima de uma base elevada. Além disso, essa queda também pode ser atribuída ao menor consumo de materiais de construção pelas famílias. De acordo com os dados do IBGE, o volume de vendas do comércio varejista de materiais de construção, depois de registrar estabilidade em janeiro, caiu 0,3% em fevereiro e 0,4% em março. O segmento formal da Construção continua contribuindo positivamente para a economia. Dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, demonstram que a construção gerou, de janeiro a março/24 109.535 novos postos de trabalho com carteira assinada. E de janeiro a abril/24 o setor já contabiliza 141.428 novos empregos formais.
Em relação ao 1º trimestre de 2023 a Construção cresceu 2,1%. As expectativas permanecem positivas. Conforme projeção da CBIC, realizada no final de 2023, o setor crescerá 2,3% em 2024. O maior dinamismo aguardado para o mercado econômico e as obras de reconstrução do Rio Grande do Sul são somente alguns dos fatores que poderão impactar o seu nível de atividade. Mas isso não significa ausência de desafios. O setor ainda sente os reflexos da taxa de juros bastante elevada e o recuo do financiamento imobiliário com os recursos da caderneta de poupança.
A economia brasileira, impulsionada pela expansão do Setor de Serviços (1,4%) e pela Agropecuária (11,3%) cresceu 0,8% no período de janeiro a março na comparação com outubro a dezembro/23, resultado que ficou um pouco acima da média das expectativas de mercado (0,7%). Vale destacar que a Indústria recuou 0,1%. Em relação aos três primeiros meses de 2023, o PIB Brasil apresentou expansão de 2,5%.