Os preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais do país se elevaram em média em 1,29% em junho, superando o percentual de aumento de 0,94% registrado em maio. Já o acumulado de 12 meses manteve a trajetória de desaceleração iniciada em março: foi de 16,42% em junho, ante os 16,81% de maio.
Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços dos Imóveis Residenciais) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Na cidade de São Paulo, os preços desses imóveis se elevaram em 1,64% em junho, acumulando 6,61% no primeiro semestre e 17,11% no acumulado de 12 meses.
Além de São Paulo, as cidades que registraram os maiores aumentos no mês foram: Brasília (1,98%), Goiânia (1,69%), Curitiba (1,56%) e Belo Horizonte. Na sequência, figuram Fortaleza (0,88%), Salvador (0,86%), Porto Alegre (0,85%), Rio de Janeiro (0,78%) e Recife (0,53%).
No primeiro semestre, as que tiveram as maiores elevações além de São Paulo foram: Goiânia (8,32%), Brasília (7,32%), Salvador (7,20%), Curitiba (6,77%) e Rio de Janeiro (5,83%). Seguem-se Fortaleza (3,92%), Belo Horizonte (3,76%), Porto Alegre (3,75%) e Recife (2,37%).
Já no acumulado de 12 meses, além de São Paulo os maiores aumentos foram: Rio de Janeiro (19,39%), Goiânia (17,08%), Curitiba (16,52%), Brasília (16,30%) e Salvador (15,34%). Na sequência, aparecem Porto Alegre (13,30%), Fortaleza (10,13%), Belo Horizonte (9,63%) e Recife (7,04%).
São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre tiveram desaceleração no acumulado de 12 meses de junho, comparado ao de maio. As demais sete capitais tiveram acelerações. Em junho, o IPCA acumulava variação de 11,89% em 12 meses.
Na análise da Abecip, a inflação e seu efeito negativo sobre a massa salarial real devem permanecer nos próximos meses. A entidade reproduz a percepção dos empresários do setor de edificações residenciais captada pela Sondagem da Construção Civil do FGV/Ibre, mostrando queda nos quesitos Demanda Prevista e Tendência dos Negócios para os próximos seis meses.
Segundo a Abecip, apesar da perspectiva de desaceleração da inflação até o final de 2022, a desaceleração dos resultados nominais dos preços dos imóveis residenciais no país deve manter seus valores sem variações significativas em termos reais no período.
FONTE: SINDUSCON-SP https://sindusconsp.com.br/precos-dos-imoveis-residenciais-sobem-129-em-junho-no-pais/