“A indústria da construção civil tem um potencial oceânico de contribuição a oferecer, do ponto de vista da acessibilidade arquitetônica espacial”. A afirmação do fundador e CEO do Instituto Rodrigo Mendes, Rodrigo Hübner Mendes, foi feita nesta quarta-feira (02/02) ao abordar o papel da construção civil no fortalecimento dos direitos da Pessoa Com Deficiência (PCD).
O bate papo ocorreu durante o “Diversidade em Construção”, realizado pela Comissão de Responsabilidade Social da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CRS/CBIC), em formato online.
A presidente da CRS/CBIC, Ana Cláudia Gomes, ressaltou a importância dessa nova abordagem de potência da indústria da construção civil para promover espaços mais acessíveis e diminuir as barreiras de desigualdades no país. “Antes, o foco era atingir cotas para PCD”, frisou.
Rodrigo Mendes, tetraplégico, em consequência de um assalto, também reforçou que a inclusão melhora o mundo. “Empresas mais diversas são mais inovadoras”, disse.
Segundo o CEO do Instituto Rodrigo Mendes, o que custa caro para a economia é a exclusão. “É caro fazer um prédio acessível? Certamente é mais caro resolver depois”.
“O mundo pensado para o padrão de homem normal gera, necessariamente, exclusão. Esse é um paradigma que não funciona mais. É preciso adaptar o padrão de pensar pela média e pensar de maneira mais flexível, para não deixar uma parcela de pessoas para trás”.
Mendes também ressaltou a importância das regras sobre o assunto. O mestre em Gestão da Diversidade Humana pela Fundação Getúlio Vargas sugeriu aos arquitetos, engenheiros e empresários do setor presentes ao evento que sejam obcecados por conhecer as normas vigentes, como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que versa sobre a temática da acessibilidade.
Além disso, reforçou a importância de os profissionais dominarem e respeitarem as normas relacionadas ao tema, como a ABNT Norma 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, bem como ao Desenho Universal, que propõe que o design dos ambientes e dos produtos podem ser previamente pensados para que um maior número possível de pessoas possa utilizar um ambiente e/ou produto sem necessidade de uma adaptação posterior.
FONTE: CBIC