A segunda onda da pandemia de COVID-19 no Brasil continua afetando muitos setores de forma negativa. Alguns deles ainda tentam se recuperar depois de tantos meses de incertezas. O mercado imobiliário é um dos poucos que continuam com boas perspectivas de melhoria no próximo ano.
A necessidade do isolamento social para conter a propagação do coronavírus fez com que as pessoas passassem mais tempo em casa. Essa transição nas configurações da rotina é um ótimo indicativo para o mercado imobiliário. A procura por imóveis maiores, com espaços para home office, tem sido a principal escolha dos consumidores. Morar perto do trabalho também não é mais uma das maiores preocupações na hora de escolher uma nova propriedade.
A compra e venda de imóveis continua em alta. Ter uma propriedade imobiliária segue sendo uma das formas de investimento mais procuradas por quem busca conquistar o primeiro imóvel e até mesmo quem já possui casa própria. As condições favoráveis de pagamento são outro elemento positivo na aquisição de um imóvel. Isso porque a taxa básica de juros da economia, a Selic, se mantém baixa até o momento. Essa baixa de juros facilita a concessão de financiamento pelos bancos.
Outra tendência que já vinha ganhando força durante os últimos anos, e promete continuar em alta, é o aumento de projetos sustentáveis que utilizem energias limpas e renováveis. O investimento em novas tecnologias no setor de construção civil tende a aumentar, garantindo maior agilidade e cumprimento dos prazos.
A adoção de novas tecnologias para venda e aluguel vem crescendo no setor imobiliário. Com a diminuição das burocracias na contratação e a otimização do tempo, a locação digital se mostra uma excelente saída para o aumento da agilidade de contratos fechados e da lucratividade.
O próximo ano será desafiador, mas com grandes chances de um desempenho melhor do que o último ano. Mesmo com o aumento do número de desempregados no país nos últimos meses e a constante baixa nas projeções para a recuperação econômica nacional, o mercado imobiliário, que já vem apresentando recuperação este ano, deve se manter aquecido durante o ano de 2022.
Eduardo Luíz - Economista, CEO Epar